Parte livro de arte, parte novela, "The Electric State", de Simon Stålenhag, é uma visão fascinante e sombria de uma bizarra história alternativa dos Estados Unidos dos anos 90. Fisicamente maior do que um típico livro de capa dura, a maioria das páginas é dominada por amplas vistas panorâmicas de um estado em declínio, assolado por uma catástrofe lenta mencionada apenas de passagem pela narradora, uma adolescente chamada Michelle. A história acompanha ela e um robô chamado Skip em seu caminho para a Costa Oeste, seguindo um mapa para... alguma coisa.
Sua jornada é tensa, pois eles passam por destroços de robôs gigantes, aeronaves e subúrbios abandonados, com Michelle ocasionalmente revelando os eventos do declínio. Cada vez mais, os anúncios e a infraestrutura corporativa dominam a paisagem, em contraste com a natureza selvagem e a estrada aberta. Esses breves instantâneos do mundo tendem a levantar mais perguntas do que respostas. Se eu tivesse que definir um gênero, diria que esta é uma história de terror. Algo está acontecendo, e você não sabe ao certo por que ou como, mas é grande e está chegando. A excelente arte aprimora o texto, dando a tudo um grande senso de escala, medo, pavor e admiração. A leitura me deixou fascinado.
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